AMO

POEMA: AMO por Sidney Moreno, 1970

Amo a brisa mansa do alvorecer que em meu rosto cai,

Amo a saudade sem igual dos dias felizes de minha infância

Amo o sorriso inocente de uma criança

Amo o amor bendito de meus pais

Amo o suspiro do enfermo em cuja dor se esvai

Amo o grito sem eco do prisioneiro

Amo a minha bolsa nem sempre com dinheiro

Amo o cantar augusto do brejeiro nas noites de luar do meu sertão

Amo o despertar da donzela nas divinais serestas ao som de um pungente violão

Amo a força criadora do homem de ciência

Amo a grandeza de Deus e sua benevolência

Amo a verdade que procura superar o mal

Amo o Brasil, seu povo, o serrado, as florestas, os pampas, a caatinga e o canavial Amo a vida do poeta e o seu destino

Amo o nascimento de um novo ser

Amo a morte companheira certa do viver

Amo a noite, o sol, o mar, a chuva, o firmamento.

Amo o feio, o jovem, o velho…

Amo o bonito Amo a liberdade guerreira que busca o meu intrépido grito

Amo o sorriso embriagador de uma linda mulher

Amo tudo, tudo, tudo que quiser, pois é o amor a essência da alegria de viver

Amo mais além daquilo que possa crer

Amo a força espiritual que impele o homem

Amo a ilusão do meu eu que me consome na esperança bendita de amar você.”

Por: F.S.Oliveira ( Sidney Moreno, 14/11/1970)


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