
“… os jovens convivem mais com computadores do que com pessoas. Não conseguem resistir em ler os e-mails ou a rede social, em vez de prestar atenção na pessoa que está tentando conversar com ele.” por Goleman
A cada ano, mais crianças e adolescentes vem apresentando problemas relacionados a dificuldades de aprendizado e várias delas com diagnóstico de déficit de atenção, hiperatividade e autismo.
Muitos destes adolescentes estão se “automedicando” para obter melhores resultado na escola e no trabalho.
De acordo com Goleman (2014, p.16), “[…] Um número crescente de adolescentes finge ter sintomas de déficit de atenção a fim de conseguir prescrições para estimulantes, uma via química para a atenção.”.
Goleman (2014, p. 13), diz que: “[…] O Adolescente médio americano recebe e envia mais de cem mensagens de texto por dia. […]”.
Todo esse tempo gasto nesta tecnologia digital pode acarretar sérios déficits de (concentração, emocionais, sociais e cognitivos) os quais são essenciais para seu crescimento e desenvolvimento físico e emocional.
A cada ano aumenta mais os casos de depressão, atingindo cada vez mais os jovens, aonde em muitos casos, a principal causa é a baixa auto-estima, a dificuldade de concentração e de sociabilização.
Segundo Goleman (2014, p. 13): “As crianças de hoje estão crescendo numa nova realidade, na qual estão conectados mais a máquinas e menos a pessoas de uma maneira que jamais aconteceu na história da humanidade. […]”.
Coutinho, 2009, pg. 38) nos diz que atualmente “[…]vivemos, cada vez mais mergulhados em altas tecnologias, diversões eletrônicas e relações virtuais, torna-se comum que as crianças passem suas horas de lazer em frente às mais diversas telas de computador, com seus corpos imobilizados, falando mal, escrevendo mal, aos poucos, sendo anestesiada, até adormecer por completo. […]” .
Uma das soluções para este grande desafio, Coutinho (2009, p.38) nos esclarece que “uma das formas mais eficientes de promover a saúde emocional das crianças é proporcionar-lhes meios de criar, resgatando ou alimentando seu potencial criativo.”.
Jung nos diz: “[…] o processo criativo consistia na ativação inconsciente de uma imagem arquetípica.” (apud Shamdasani, 2014, p. 56).
Todo nosso conteúdo inconsciente está adormecido, quando trabalhamos terapeuticamente, segundo Jung (apud Shamdasani, 2014, p. 56), estas imagens emergem do inconsciente coletivo espontaneamente sem conhecimento prévio.
“Quando estamos pré-dispostos a trabalhar nosso inconsciente: Todos os recursos arteterapêuticos podem nos auxiliar nessa jornada heroica que nos leva ao interior de nós mesmos, de onde extraímos recursos para o pleno desenvolvimento de nossos potenciais e talentos, nos religando a um sentido mais amplo para nossa existência, mas cada um deles traz consigo possibilidades latentes que o tornam especialmente indicado para trabalhar determinadas questões internas e temas significativos para nosso crescimento. (BERNARDO, 2013, p. 17). ”
Segundo Goswami (2012, pg. 229) “[…] a atividade consciente inteligente por detrás da pintura não é puro e simples pensar: ela é intuição seguida de pensamento e sentimento.”.
Concordo com Bernardo (2010, p.34-35) descreve: “No campo preventivo, o trabalho com Oficinas de Criatividade auxilia a criança a expandir seus potenciais, promovendo o seu desenvolvimento saudável e integrado o fortalecimento da sua autoconfiança e auto-estima.
Para os adolescentes, as Oficinas de Criatividade pode proporcionar um espaço de troca de experiências, facilitando a sua auto-expressão e ampliando seus recursos para lidar com os conflitos que acompanham a crise da adolescência, contribuindo para a conquista de autonomia e construção de sua identidade.

No trabalho arteterapêutico de caráter preventivo com adultos, os recursos expressivos o ajudam a trabalhar sobre o seu mito pessoal, conferindo novos sentidos ao viver. (apud Bernardo, 1999, 2001, 2004, 2006a, 2006b, 2008, 2009a, 2009b). “

Nota: Todos direitos autorais reservados. Autorizado o compartilhamento deste Artigo, mantendo o texto legítimo, sem alterações e desde que seja citado como fonte a referência da autora desta publicação: “TANAJURA, M.F., OFICINA DE CRIATIVIDADE COM JOVENS: PROJETO DE VIDA E AUTO-ESTIMA, UNIP, SP: 2015.” e o link /https://spaziomarie.com/2020/05/13/a-arte-promovendo-saude-e-qualidade-de-vida-nesta-era-digital
Namastê, Maria de Fatima Tanajura (Marie)
Referências Bibliográficas
Imagem: Fernanda T.P., 2020
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